Líderes que podem ler o “grupo” se dão melhor profissionalmente

abril 22, 2015
Contact:
  • umichnews@umich.edu

Um homem apresenta para uma platéia. (imagem)ANN ARBOR — Artistas definem como “ler a multidão” ou “avaliar o público.” Não importa a definição, o que realmente é importante é que esse talento pode definir o sucesso de alguém como um grande líder nos negócios. É o que diz uma nova pesquisa do professor Jeffrey Sanchez-Burks, da Universidade de Michigan. Esta habilidade pode ser entendida como “abertura profissional” e tem capacidade de definir uma carreira.

Com base em um trabalho de longa data sobre inteligência emocional – a capacidade de ler e reagir às emoções das pessoas – Sanchez-Burks e uma equipe de colaboradores aplicaram o estudo em um ambiente coletivo, relevante para líderes empresariais.

“Os líderes não têm o luxo de reuniões individuais com todos os funcionários da sua organização, e nós temos negligenciado os desafios únicos e os potenciais benefícios de conseguir entender o emocional de uma equipe, de uma unidade ou divisão,” disse Sanchez-Burks, professor de Gestão e Organizações da Escola de Negócios Ross da U-M.

Em três estudos, Sanchez-Burks e seus colaboradores mostram que os líderes empresariais que são capazes de ler melhor as pistas não-verbais e emocionais de um grupo são mais bem sucedidos aos olhos dos seus subordinados. As pesquisas também mostraram que a habilidade de uma pessoa em entender um indivíduo não necessariamente significa que essa pessoa possa “ler” um grupo.

Para realizar esses estudos, a equipe desenvolveu um teste — a medida da abertura emocional — que dá notas à capacidade de uma pessoa em ler as emoções coletivas e também permite que esse profissional aprenda como se ajustar. O teste é baseado em alterações das expressões faciais entre grupos de pessoas.

É uma técnica usada no treinamento de liderança dos estudantes de MBA da Ross e em educação executiva.

“Nas empresas, muitas vezes, os funcionários tentam esconder suas reações emocionais autênticas em eventos organizacionais ou durante a mensagem de um líder,” disse Sanchez-Burks. “Mas a nossa pesquisa mostra que os bons líderes são capazes de decodificar estas rápidas expressões faciais que geralmente as pessoas não são boas para controlar e ajustar de acordo.”

Os resultados dos estudos com mais detalhes serão publicados em uma próxima edição especial da Revista Cognition and Emotion.

 

Mais informações: