Parceria da Universidade de Michigan com a Universidade de Cambridge

ANN ARBOR, Michigan e CAMBRIDGE, Inglaterra – A triagem para identificar o diabetes tipo 2, seguida do tratamento precoce podem trazer benefícios substanciais de saúde, de acordo com nova pesquisa publicada no Diabetes Care Journal.

O estudo combinou observações clínicas de grande escala e um modelo inovador de informática.

Conduzida por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Michigan e da Unidade de Epidemiologia da Universidade de Cambridge, a pesquisa usou dados de um estudo de rastreio e tratamento de diabetes chamado

“ADDITION-Europe,” combinado com um modelo de simulação de progressão do diabetes computadorizado.

Esta abordagem revelou que o rastreio, seguido de tratamento, levaram a uma redução do risco de doenças cardiovasculares ou de morte durante um período de cinco anos após a checagem, quando comparado com pacientes com nenhum monitoramento.

“O diabetes pode ser debilitante para os pacientes e dispendioso para os convênios de saúde,” diz William Herman, M.D., principal autor do estudo e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Michigan. “Esta pesquisa mostra que a identificação precoce do diabetes traz importantes benefícios à saúde e apoia a introdução de medidas, como triagem para reduzir o tempo entre o desenvolvimento do diabetes tipo 2 e seu tratamento”.

Professor Nick Wareham, autor sênior da pesquisa e diretor da Unidade de Epidemiologia da Universidade de Cambridge, acrescentou: “Este trabalho mostra o valor da modelagem da saúde pública para avaliar os impactos e as intervenções em doenças como o diabetes tipo 2, que representa um desafio crescente na saúde pública.”

Dez anos após a linha de referência, as simulações previram que: se houver um atraso de 3 anos no diagnóstico e tratamento, 22,4% das pessoas com diabetes tipo 2 têm chance de sofrer um evento de doença cardiovascular, como um acidente vascular cerebral (AVC) ou uma cirurgia de ponte de safena. Esta porcentagem subiu para 25,9% com um atraso de seis anos no diagnóstico.

No entanto, se a triagem e os cuidados rotineiros tivessem sido implementados, a simulação previu que apenas 18,4% das pessoas iriam experimentar um evento de doença cardiovascular em 10 anos após a linha de referência. O simulado de incidência de mortalidade foi 16,4% com um atraso de três anos e de 18,2%, com um atraso de seis anos, em comparação a 14,6% com rastreio e tratamento.

Para ler o estudo completo, publicado em inglês: Early Detection and Treatment of Type 2 Diabetes Reduce Cardiovascular Morbidity and Mortality: A Simulation of the Results of the Anglo-Danish-Dutch Study of Intensive Treatment in People With Screen-Detected Diabetes in Primary Care (ADDITION-Europe), click em Diabetes Care (2015) DOI: 10.2337/dc14-2459