Impacto de colaborações internacionais sólidas

março 30, 2016
Contact:
  • umichnews@umich.edu

Image credit: Heitor Shimizu (Agência FAPESP)Image credit: Heitor Shimizu (Agência FAPESP)ANN ARBOR—Entre os primeiros a falar sobre a semana e a parceria com a FAPESP, que existe desde 2012, James Holloway, vice-pró-reitor da Universidade de Michigan. Ele afirma que esse encontro representa uma oportunidade importante para a formação de novas colaborações e para o desenvolvimento de oportunidades em pesquisa.

“É uma reunião, primeiramente, para a apresentação de resultados de projetos de pesquisa, mas é também sobre o nosso próprio trabalho em conjunto e sobre o impacto desse trabalho. É uma oportunidade que aponta caminhos para engajar intelectualmente nossos pesquisadores e nossos estudantes em sólidas colaborações internacionais”, disse Holloway.

A U-M e a FAPESP lançaram conjuntamente duas chamadas de propostas, que resultaram na seleção de nove projetos de pesquisas. Em 2015, a U-M participou de uma chamada do Programa FAPESP – São Paulo Researchers in International Collaboration (SPRINT) e o resultado será anunciado em breve.

A diretora do Centro de Estudos da América Latina e do Caribe e da Iniciativa Brasil, Alexandra Stern, destacou que o programa do simpósio mostra, em sua diversidade de temas, a abrangência do acordo entre a fundação e a universidade.

“Os projetos que selecionamos e apoiamos são de várias áreas do conhecimento e conduzidos por pesquisadores de uma ampla gama de disciplinas. É empolgante ver os resultados do trabalho conjunto desses cientistas e conferir a formação de redes para colaborações em pesquisa”, disse.

Joseph Kolars, diretor da Global REACH, programa da Escola de Medicina da U-M criado para promover iniciativas internacionais em educação e pesquisa em saúde, ressaltou o impacto das parcerias nas áreas de Saúde e Medicina.

“A colaboração estratégica com o Estado de São Paulo, por meio da FAPESP, é uma das mais importantes parcerias da nossa escola e nos tem ajudado a aprender a lidar conjuntamente com problemas complexos”, disse.

Como exemplo, Kolars falou sobre a prevalência do câncer suprarrenal no Brasil, uma das maiores no mundo, mas uma doença rara nos Estados Unidos. “Entretanto, a Escola de Medicina da U-M tem experiência no tema, motivado pelos pacientes que nos procuram, e a colaboração com pesquisadores brasileiros tem permitido avançar no conhecimento e no tratamento desse problema”, disse.
Apoio abrangente

Segundo o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, pesquisadores do Estado de São Paulo respondem por cerca de 45% da ciência feita no Brasil. “São Paulo publica mais artigos científicos do que qualquer outro país latino-americano. E uma parte relevante do financiamento à pesquisa no Estado vem da FAPESP, uma fundação pública com a missão de apoiar pesquisas em todas as áreas do conhecimento”, disse.

A produção científica paulista é demonstrada também pela quantidade e pela qualidade das propostas de pesquisas recebida pela FAPESP. “Em 2015, recebemos cerca de 25 mil propostas, das quais 40% foram aprovadas, o que, mundialmente, é uma taxa elevada”, disse Brito Cruz, destacando que as propostas foram analisadas em uma média de 64 dias, o que mostra a agilidade no processo de avaliação.

O diretor científico mencionou algumas linhas estratégicas de atuação da FAPESP, como o programa de Bolsas, que tem ajudado a criar a “nova geração de cientistas para o país” e de mecanismos que a FAPESP oferece para levar cientistas de outros países a fazer pesquisa no Brasil. Entre os exemplos, as Bolsas de Pós-Doutorado, o Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes, o Auxílio à Pesquisa – Pesquisador Visitante, as Escolas São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA) e o São Paulo Excellence Chair (SPEC). – Em colaboração com a Agência FAPESP.

 

Mais informações: