Câncer de mama nos homens: o que todos devem saber

outubro 19, 2017
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Ilustração de um homem. Imagem cortesia: Michigan Health

Ann Arbor – Todo mundo sabe que as mulheres enfrentam o risco de desenvolver câncer de mama. Embora muito mais raro, a doença também pode surgir nos homens.

O câncer de mama afeta 1 em cada 1.000 homens. Em comparação, o risco da mulher de desenvolver a doença é de 1 em 8.

Esse índice é uma provável razão porque a maioria dos homens não pensa que o câncer de mama pode afetá-los – ou sequer se auto examinam para verificar a presença de câncer.

E se o problema surgir, eles podem ser mais lentos ou mais relutantes em buscar cuidados do que o sexo oposto.

“Os homens não pensam que pode ser câncer de mama; eles pensam que é outra coisa “, diz Annette Schork, enfermeira do Centro Compreensivo de Câncer da Universidade de Michigan. “Como com qualquer câncer, a chance de se espalhar é alta se você espera”.

Aproximadamente 2.470 novos casos de câncer de mama invasivo serão diagnosticados em homens este ano, de acordo com a American Cancer Society; cerca de 460 são fatais.

O número de casos anuais relativos ao crescimento populacional, segundo a American Cancer Society, se manteve estável nas últimas décadas.

Embora o risco do homem permanecer baixo, ter conhecimento adequado pode salvar vidas, diz Schork.

Câncer de mama masculino: 5 fatos importantes

É mais fácil para os homens detectar: ​​os homens geralmente têm menos tecido mamário, de modo que um nódulo pode ser mais evidente em comparação com o que pode ser encontrado durante o autoexame ou a mamografia de uma mulher. “Mesmo que eles ignorem, provavelmente é mais visível – essa é a vantagem que os homens têm”, diz Kim Zapor, também enfermeira do Centro Compreensivo de Câncer da Universidade de Michigan. Um nódulo, ela observa, pode aparecer ao redor do mamilo ou das axilas; a pele também pode se enrugar ou retrair.

A história da família desempenha papel importante: ter parentes de primeiro grau, como um irmão ou um pai afetado pelo câncer de mama – “especialmente outro homem que teve”, observa Schork – aumenta o risco do homem. Da mesma forma, a presença de BRCA1 e BRCA2, herdada por mutações genéticas ligadas ao câncer de mama em ambos os sexos.

A idade e a saúde pessoal também contam: como é o caso das mulheres, um homem é mais propenso a desenvolver câncer de mama à medida que envelhece – em torno dos 68 anos para cima, diz a American Cancer Society. Os fatores universais incluem o excesso de peso, a doença hepática e certos tratamentos contra o câncer de próstata (“qualquer coisa que esteja alterando os níveis de hormônio e causando mais estrogênio no corpo”, diz Zapor).

Diagnóstico e tratamento não mudam: após a descoberta inicial de um paciente do sexo masculino, os médicos realizarão uma mamografia ou ultrassom e, em seguida, farão a biópsia do seu tecido. Zapor diz: “Depende do estágio, mas os homens são tratados da mesma maneira”. Isso incluiria cirurgia (a mastectomia é mais típica), seguida, se necessário, por quimioterapia e/ou radiação.

Consciência e vigilância são fundamentais: os homens não passam por mamografias regulares. Com conhecimento sobre seus fatores de risco e com detecção mais fácil de nódulos, é importante visitar um médico no primeiro sinal de preocupação, diz Schork. Eles também podem discutir testes genéticos, uma vez que uma mutação BRCA pode aumentar o risco de um homem para outros tipos de câncer. E atenção, essa mutação também pode ser transmitida aos filhos.